Joguei Tom Clancy’s Rainbow Six Extraction – confira minha review e saiba se vale a pena jogar


Por incrível que pareça eu sempre gostei mais de assistir do que jogar Rainbow Six Siege – e isso não é ruim, eu aliás sempre me diverti nas partidas muito dinâmicos e focados em invadir ou proteger um local.

A nova versão não é um update ou um facelift em Six Siege, mas tirando algumas dinâmicas, gadgets e formato de jogo baseado em operadores com características específicas, a gameplay mudou drasticamente.

Nova Iorque foi invadida por alienígenas do qual sabemos muito pouco deles e montaram determinadas bases de operação. Cabe ao jogador e seu time cumprirem missões de forma cooperada num ambiente totalmente hostil para invadir os QG dos moradores de outros planetas para cumprir missões específicas. Assim o que era antes um game de jogadores contra outro time, agora é um time jogando de forma cooperada conta o ambiente.

E aqui não é só uma terminologia, de fato uma vez que você está na base alienígena, tudo vai operar contra você, o piso cheio de meleca alien, casulos que cospem inimigos que vão pra cima de você e diversas classes de ETs, que podem explodir e te ferir ou contaminar. Há também esporos e outros seres que podem te atacar sem que você não perceba.

O começo no tutorial.

O tutorial é um bom momento para aproveitar o pano de fundo do game. Entender toda história por trás das operações deixa a experiência mais rica. É bom que você saiba que a localização do game em português está incrível. A Ubisoft teve um super acerto aqui. Você verá que foi criado um ambiente virtual de treinamento, mas não se engane, as coisas na operação verdadeira são muito mais puxadas. É só para você ter uma noção dos comandos básicos e da dinâmica.

Outro detalhe importante que você precisa saber é que um operador abatido é um operador abatido. Ou seja, se você morre em combate você é absorvido por uma espuma protetora e ficará preso no ambiente hostil dos aliens até que você volte para resgatar – e não dá mais para jogar com ele, até que seja resgatado. Porém não se trata de um resgate simples, o operador fica preso numa árvore que é abastecida por pulsos de energia que você deve deter. Então, numa missão de resgate, você precisa lidar com a atividade de puxar o operador da árvore, evitar que os pulsos de energia cheguem nessa árvore, e cuidar para que você não seja abatido – e depois de tudo isso ainda levar seu companheiro resgatado nas costas até o ponto de extração. Operadores feridos (as vezes é melhor abandonar a missão do que ficar lá para resgate) também precisam esperar sua cura para voltar, isso acontece conforme você faz operações bem-sucedidas.

Cada operação tem 3 fases e conforme você avança a dificuldade também – o que vai sendo recompensado com pontos de XP maiores. Ter a estratégia certa de prosseguir ou abandonar a missão faz parte da inteligência do jogo. Há pontos de avanço e pontos de resgate.

Entrando no jogo pra valer.

Depois de graduado no tutorial eu já me achei o rei dos aliens e quis entrar logo no jogo. Tem o modo cooperado com seus amigos, mas há também missões solo – essa foi a minha escolha, mas logo mais falo do cooperado. Entrei com meu operador e já achei que podia chegar chegando e essa é a pior decisão que você pode tomar nesse jogo. Nas primeiras três partidas eu perdi três operadores.

O jogo é muito mais pauleira do que o tutorial pode mostrar. A Inteligência Artificial dos Aliens funciona muito bem e eles se articulam para eliminar você, inclusive quebrando paredes, não pense que você está protegido, porque pode não estar. Há várias atividades para fazer que podem ser de resgate, de marcar pontos de controle, vigiar áreas, matar aliens com uma faca que coleta dados (não pode ser na bala), coletar dados dos casulos e assim por diante.

Assim como no R6 Siege existem os gadgets que você pode usar, como por exemplo, um drone terrestre que pode identificar áreas e achar alvos, ou ainda granadas de fumaça ou de rastreamento. Também é possível colocar proteções nas paredes e cada operador conta com alguma habilidade.

E aqui há um ponto que me chama atenção. Apesar da promessa ser de que o desafio é progressivo eu tive a impressão que, as vezes, o segundo nível é mais fácil que o primeiro e o terceiro não foi tão mais hard que o primeiro. Me parece que o game ainda é meio desbalanceado nisso.

Outro detalhe que me chama atenção é o fato de você não ter mesmo uma aprendizagem do ecossistema alienígena e além da progressão em XP dos operadores o game não oferece uma aprendizagem que vai avançando conforme você joga, a história de pano de fundo é superinteressante, mas ela não avança muito.

Modo Coop pra jogar e assistir.

Minhas jogadas de review são sempre solitárias, porque é difícil reunir os amigos no horário que eu posso e com o mesmo game, mas Tom Clancy’s Rainbow Six Extraction é um game pro coop, feito de forma nativa para isso e que oferece a opção solo. Então fui acompanhar algumas partidas na Twitch.

Eu achei o game bem divertido e a troca obrigatória entre os membros do time faz com que a gameplay seja muito dinâmica e conversada e eu acho que isso torna as lives muito mais interessantes e com certeza amplia a experiência de gameplay.

Veredito – o que eu achei de Tom Clancy’s Rainbow Six Extraction?

Eu baixei todos os pacotes de alta resolução e coloquei o gráfico na qualidade muito alta e eu gostei bastante do que eu vi – não é um gráfico super realista, mas eu acho que esse tipo de jogo não exige isso – porém não me pareceu o mesmo gráfico apresentado na última E3. Os efeitos sonoros são muito sinistros e imersivos. Eu acho a gameplay focada em player versus environment (PvE) muito inovadora e interessante, porém eu não sei dizer se as missões não acabam sendo um pouco repetitivas depois de meses de jogo, só o tempo dirá.

Os mapas apresentam um tamanho adequado e com um certo tempo de jogo você vai entendendo melhor como tudo funciona e onde podem estar as coisas. A curva de aprendizagem é rápida e eu tive uma experiência muito fluída e não esbarrei em nenhum bug que tenha atrapalhado o meu jogo.

Em todo caso eu achei algumas partidas desbalanceadas com as primeiras etapas muito vezes mais hard que as terceiras e a aprendizagem do ecossistema alien que não é tão interessante e imersiva. O game conta com uma loja de micro transições, mas até onde eu puder entender somente com itens cosméticos.

No final das contas não é um game para você sair rushando e matando aliens aos montes, mas é para você ficar ali abaixadinho e pensando calmamente o seu próximo passo e ir avançando aos poucos de forma muito estratégica. Eu acho que deve ser um game que deve garantir muita diversão entre amigos e também para quem gosta de assistir uma live dinâmica.

Eu dou 8 esporos alienígenas de 10.

Eu joguei o game num PC com o Xbox Game Pass salvador.



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